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Zero espírito olímpico: relembre os momentos mais vergonhosos das Olimpíadas do Rio

“Espírito olímpico” exalta o talento, o esforço, a superação, o fair play e o respeito

Rio 2016|Do R7

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A “pataquada” armada pelos quatro nadadores norte-americanos, sobretudo Ryan Lochte, que inventou um assalto no Rio de Janeiro, mas depois teve de se desmentir e pedir desculpas, foi um dos momentos mais constrangedores dos Jogos Olímpicos. A Carta Olímpica estabelece um conjunto de valores que exalta não só o desempenho dos atletas, mas também o respeito ao adversário, o fair play e a superação. A atitude dos nadadores ficou muito distante do que se chama de “espírito olímpico”. Só que não foram só eles que deixaram de lado esse clima de amizade nos Jogos. Relembre a seguir os momentos mais vergonhosos da competição
Quando Pierre de Coubertin decidiu reavivar os Jogos Olímpicos, em 1894, ele tinha a ideia de criar um movimento internacional que combinasse esporte, juventude, voluntariado e educação. Para isso, foram determinados um conjunto de valores que representassem essa aspiração, como a excelência, a superação pessoal, o respeito pelo fair play, pelo esforço de todos os atletas e pelas regras da modalidade. São esses os valores da Carta Olímpica, que busca promover e difundir o chamado “Espírito Olímpico”
Os norte-americanos inventaram um assalto no último dia 14, um domingo, que teria ocorrido após eles saírem de uma festa no Rio de Janeiro e pegarem um táxi rumo à Vila dos Atletas. Contudo, o que aconteceu foi uma confusão num posto de gasolina da Barra da Tijuca. Até o Comitê Olímpico dos EUA pediu desculpas ao Rio de Janeiro pela conduta de seus nadadores. No final, eles conseguiram recuperar o espírito olímpico, já que pediram desculpas e esclareceram a história verdadeira à polícia carioca
A rivalidade das torcidas de Brasil e Argentina levou dois torcedores às vias de fato durante partida de tênis entre o argentino Juan Martín Del Potro e o português João Sousa, no dia 8 de agosto. Com o apoio em peso da torcida brasileira ao tenista português, inclusive com muitas vaias a Del Potro e a qualquer tentativa da torcida argentina de incentivar seu tenista, o clima esquentou quando um argentino se levantou para tirar satisfações com um brasileiro. Após trocarem provocações, os dois se socaram, sem que ninguém da segurança ou da organização se aproximasse para intervir. Somente após alguns minutos homens da Força Nacional de Segurança chegaram ao local e retiraram os dois brigões da arquibancada
O judoca egípcio Islam El Shehaby se recusou a cumprimentar o israelense Or Sasson após a luta entre ambos no dia 13, o que provocou vaias da plateia na Arena Carioca 2. El Shehaby, de 32 anos, teria sido pressionado por seus fãs nas redes sociais para não comparecer à luta contra seu adversário israelense, pois os torcedores argumentavam que isso envergonharia o Islã. Ele, no entanto, decidiu não se retirar da luta. Após Sasson derrotar El Shehabt e os dois judocas retomarem suas posições em frente ao árbitro, o israelense se curvou e depois se aproximou para cumprimentar o egípcio, que deu as costas e foi embora. Depois do ocorrido, o egípcio foi enviado de volta para casa. Ele chegou a ser repreendido pelo COI por sua atitude
Dia 5 O brasileiro Nacif Elias, naturalizado libanês, encaixou um golpe irregular e foi desclassificado. Indignado, se recusou a deixar o tatame por um tempo. No entanto, voltou para pedir desculpas
Mas o maior bafafá das Olimpíadas foram as vaias no estádio olímpico durante a final do salto com vara, disputada metro a metro entre o brasileiro Thiago Braz, empurrado pela massa, e o francês Renaud Lavillenie, que obviamente ficou sem nenhum apoio. O brasileiro levou o ouro ao final, mas a história ficou marcada por polêmicas. A torcida brasileira pisou na bola ao vaiar o francês na hora do pódio. Quando ia receber sua medalha, Lavillenie foi vaiado, o que exigiu uma atitude rápida do novo campeão olímpico. Braz rapidamente pediu aplausos, mas não foi o suficiente para aplacar as vaias. O francês se emocionou muito ao receber a medalha
A falta de “olimpismo” da torcida brasileiro no momento da medalha tinha uma justificativa: uma pisada de bola de Lavillenie no dia anterior, quando aconteceu a competição. Sem apoio da torcida durante a disputa de ouro, Lavillenie chegou a fazer um sinal de negativo com a mão para a multidão, no início da corrida que antecede o salto. Seu objetivo era interromper as provocações. Depois do salto fracassado, o francês disse que a vaia "pegou mal" para a Olimpíada. "Em 1936 a plateia estava contra Jesse Owens", disse ele a respeito do corredor negro norte-americano, cujas quatro medalhas de ouro em Berlim foram uma afronta à ideologia nazista de superioridade racial. "Não tínhamos visto isso desde então. Temos que lidar com isso", acrescentou, naquela segunda-feira, 15 de agosto. No dia seguinte, porém, antes de receber sua medalha, Lavillenie reconheceu que foi uma referência inadequada. “Sim, desculpem pela comparação infeliz que eu fiz", disse ele no Twitter. "Reagi de cabeça quente e percebo que foi errado. Peço desculpas a todos". Não foi o suficiente para aplacar as vaias à noite, quando receberia sua prata

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A “pataquada” armada pelos quatro nadadores norte-americanos, sobretudo Ryan Lochte, que inventou um assalto no Rio de Janeiro, mas depois teve de se desmentir e pedir desculpas, foi um dos momentos mais constrangedores dos Jogos Olímpicos. A Carta Olímpica estabelece um conjunto de valores que exalta não só o desempenho dos atletas, mas também o respeito ao adversário, o fair play e a superação. A atitude dos nadadores ficou muito distante do que se chama de “espírito olímpico”. Só que não foram só eles que deixaram de lado esse clima de amizade nos Jogos. Relembre a seguir os momentos mais vergonhosos da competição
Quando Pierre de Coubertin decidiu reavivar os Jogos Olímpicos, em 1894, ele tinha a ideia de criar um movimento internacional que combinasse esporte, juventude, voluntariado e educação. Para isso, foram determinados um conjunto de valores que representassem essa aspiração, como a excelência, a superação pessoal, o respeito pelo fair play, pelo esforço de todos os atletas e pelas regras da modalidade. São esses os valores da Carta Olímpica, que busca promover e difundir o chamado “Espírito Olímpico”
Os norte-americanos inventaram um assalto no último dia 14, um domingo, que teria ocorrido após eles saírem de uma festa no Rio de Janeiro e pegarem um táxi rumo à Vila dos Atletas. Contudo, o que aconteceu foi uma confusão num posto de gasolina da Barra da Tijuca. Até o Comitê Olímpico dos EUA pediu desculpas ao Rio de Janeiro pela conduta de seus nadadores. No final, eles conseguiram recuperar o espírito olímpico, já que pediram desculpas e esclareceram a história verdadeira à polícia carioca
A rivalidade das torcidas de Brasil e Argentina levou dois torcedores às vias de fato durante partida de tênis entre o argentino Juan Martín Del Potro e o português João Sousa, no dia 8 de agosto. Com o apoio em peso da torcida brasileira ao tenista português, inclusive com muitas vaias a Del Potro e a qualquer tentativa da torcida argentina de incentivar seu tenista, o clima esquentou quando um argentino se levantou para tirar satisfações com um brasileiro. Após trocarem provocações, os dois se socaram, sem que ninguém da segurança ou da organização se aproximasse para intervir. Somente após alguns minutos homens da Força Nacional de Segurança chegaram ao local e retiraram os dois brigões da arquibancada
O judoca egípcio Islam El Shehaby se recusou a cumprimentar o israelense Or Sasson após a luta entre ambos no dia 13, o que provocou vaias da plateia na Arena Carioca 2. El Shehaby, de 32 anos, teria sido pressionado por seus fãs nas redes sociais para não comparecer à luta contra seu adversário israelense, pois os torcedores argumentavam que isso envergonharia o Islã. Ele, no entanto, decidiu não se retirar da luta. Após Sasson derrotar El Shehabt e os dois judocas retomarem suas posições em frente ao árbitro, o israelense se curvou e depois se aproximou para cumprimentar o egípcio, que deu as costas e foi embora. Depois do ocorrido, o egípcio foi enviado de volta para casa. Ele chegou a ser repreendido pelo COI por sua atitude
Dia 5 O brasileiro Nacif Elias, naturalizado libanês, encaixou um golpe irregular e foi desclassificado. Indignado, se recusou a deixar o tatame por um tempo. No entanto, voltou para pedir desculpas
Mas o maior bafafá das Olimpíadas foram as vaias no estádio olímpico durante a final do salto com vara, disputada metro a metro entre o brasileiro Thiago Braz, empurrado pela massa, e o francês Renaud Lavillenie, que obviamente ficou sem nenhum apoio. O brasileiro levou o ouro ao final, mas a história ficou marcada por polêmicas. A torcida brasileira pisou na bola ao vaiar o francês na hora do pódio. Quando ia receber sua medalha, Lavillenie foi vaiado, o que exigiu uma atitude rápida do novo campeão olímpico. Braz rapidamente pediu aplausos, mas não foi o suficiente para aplacar as vaias. O francês se emocionou muito ao receber a medalha
A falta de “olimpismo” da torcida brasileiro no momento da medalha tinha uma justificativa: uma pisada de bola de Lavillenie no dia anterior, quando aconteceu a competição. Sem apoio da torcida durante a disputa de ouro, Lavillenie chegou a fazer um sinal de negativo com a mão para a multidão, no início da corrida que antecede o salto. Seu objetivo era interromper as provocações. Depois do salto fracassado, o francês disse que a vaia "pegou mal" para a Olimpíada. "Em 1936 a plateia estava contra Jesse Owens", disse ele a respeito do corredor negro norte-americano, cujas quatro medalhas de ouro em Berlim foram uma afronta à ideologia nazista de superioridade racial. "Não tínhamos visto isso desde então. Temos que lidar com isso", acrescentou, naquela segunda-feira, 15 de agosto. No dia seguinte, porém, antes de receber sua medalha, Lavillenie reconheceu que foi uma referência inadequada. “Sim, desculpem pela comparação infeliz que eu fiz", disse ele no Twitter. "Reagi de cabeça quente e percebo que foi errado. Peço desculpas a todos". Não foi o suficiente para aplacar as vaias à noite, quando receberia sua prata

A “pataquada” armada pelos quatro nadadores norte-americanos, sobretudo Ryan Lochte, que inventou um assalto no Rio de Janeiro, mas depois teve de se desmentir e pedir desculpas, foi um dos momentos mais constrangedores dos Jogos Olímpicos. A Carta Olímpica estabelece um conjunto de valores que exalta não só o desempenho dos atletas, mas também o respeito ao adversário, o fair play e a superação. A atitude dos nadadores ficou muito distante do que se chama de “espírito olímpico”. Só que não foram só eles que deixaram de lado esse clima de amizade nos Jogos. Relembre a seguir os momentos mais vergonhosos da competição

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