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Caio Junqueira abusa da vilania na pele de Simeon em José do Egito

Ator conta que passou a entender mais o ser humano com o papel na minissérie

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Michel Angelo / Rede Record

José do Egito estreia no dia 30 de janeiro (Foto: Michel Angelo / Rede Record)

Caio Junqueira sofre uma transformação visual nas feições assim que coloca a primeira veste negra de Simeon. Ele fecha a cara, deixa de lado o sorriso solto dos bastidores, e se concentra para dar lugar ao vilão. Os cabelos desgrenhados, as armas em punho e o texto de Vivian de Oliveira na ponta da língua apresentam o mais cruel dos irmãos de José para o público.

Sob a direção de Alexandre Avancini, Caio se entregou para criar Simeon em José do Egito. Para ele, o personagem é um prato cheio para se devorar ainda quente. E quanto mais “dark”, mais vingativo e sem coração, melhor.

— A Record está me dando a oportunidade de variar nos gêneros, de não fazer personagens iguais. Agora eu chego com o Simeon, com um trabalho de época. É outra composição, outra pesquisa, são outros estudos. Eu estou muito feliz por estar trabalhando no carro-chefe da casa, que são as minisséries bíblicas. E também porque eu estou em uma equipe maravilhosa. Isso é tudo que a gente sonha em ter.

Para quem não se lembra, Caio viveu Homero, “um policial atual, corrupto e agressivo”, em A Lei e o Crime (Record). Um ano depois, em Ribeirão do Tempo (Record), ele nos deu Joca, “que era um cara puro, sonhador, apaixonado...”. Nada mais satisfatório do que balancear esse currículo com maldades, certo?

Na história, Simeon é o segundo filho de Jacó (Celso Frateschi) e Lia (Denise Del Vecchio) e é ele quem instiga os irmãos contra José (Ricky Tavares/Ângelo Paes Leme). A ideia inicial de Simeon é matar José, ao invés de vendê-lo. Com o coração duro como rocha, Simeon planeja a destruição da cidade de Siquém após o estupro de sua irmã Diná (Marcela Barrozo/Samara Felippo).

— Para mim, Simeon ensinou muita coisa. Com a história dele, a gente vê que as coisas na vida não podem ser resolvidas na mão, na morte. Ele mata sem pensar. Quando Siquém (Paulo Nigro) estupra a irmã dele, e ele vai e mata Siquém, mata sua família, destrói sua cidade. O curioso é que essa história é contada 1700 anos a.C. e os conflitos são iguais até hoje.

Michel Angelo / Rede RecordInveja, ódio, rancor, raiva, amor, felicidade, traição... O espectador vai encontrar todo tipo de conflito atual em José, segundo Caio.

— O ser humano não mudou nada. Ele evoluiu tecnologicamente, geograficamente, mas continua com os mesmo conflitos. Todas essas coisas são inerentes ao corpo do ser humano. E essa história, realmente, enfoca para o meu personagem esse lado mais obscuro, raivoso, e que é muito bom como ator interpretar isso como ferramenta de trabalho, e muito rico como um entendimento da vida. Eu, entendendo o Simeon, entendo muito mais do ser humano.

Apesar de já ter 28 anos de carreira, Caio confessou que ainda sente o famoso frio na barriga agora que está a poucos dias da estreia de José do Egito, que começa no próximo dia 30.

— É como estrear uma peça de teatro. Eu acho que José do Egito vai deixar as pessoas extremamente emocionadas. A maior glória é ver que esse time que a Record apostou consegue executar um trabalho de primeira qualidade. Obviamente, esse frio na barriga é uma mistura de ansiedade e nervosismo. Medo eu não tenho nenhum, porque tenho certeza da qualidade do produto. Tudo que a gente assiste nas revisões e na edição é muito bonito. Os atores estão ótimos, a fotografia, o figurino... É um conjunto de coisas que deu certo e eu não tenho dúvidas que o Brasil inteiro vai falar a mesma coisa.

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